Gachiakuta: A guerra em um lixão
Como vocês estão? Estão todos bens? Nos últimos artigos, de uma maneira ou de outra, os temas foram românticos. Até que enfim vamos sair dela e seguir para uma outra direção. Hoje falarei do Gachiakuta. O “tradicional” shonen que nos traz fortes emoções e o sabor de quero mais.
Dando uma rápida pincelada nos dados técnicos do Garakuta, o autor é o Urana Kei e o design gráfico está sendo composto pelo Ando Hideyoshi. Eles iniciaram a publicação e só vem melhorando a sua performance. Lembrando que o Urana Kei já foi membro assistente do Okubo Atsushi, o autor do Soul Eater e do En-en no Shouboutai.
Como ainda está nos primeiros volumes só contarei bem por cima e o que me chamou atenção. Sem spoilers, combinado?
Sinopse
O menino: Rudo, vivia com o seu pai de criação: Legto, em uma comunidade bastante arruinada, cheia de lixo e entulhos. Aliás, “akuta” em japonês remete aos lixos, coisas inúteis e descartáveis. Mesmo nessas condições, ele conseguia manter a rotina devido a sua habilidade física. Entretanto, acusaram ele de um crime não cometido e ele foi condenado a ser jogado como um lixo no Naraku. Em portugues: Abismo.
A guerra em um lixão: Gachiakuta
O herdeiro?
Já mencionei que o Urana Kei esteve trabalhando com o autor do Soul Eater. Vinculando a isso, vale a pena mencionar que essa obra iniciou logo depois que o En-en no shouboutai acabou. Ou seja, foi quase um: “herda a minha vaga”. Falando dessa forma parece que o Urana Kei só conseguiu o espaço por ter padrinho.
Particularmente, não consigo apoiar esta ideia do “herdeiro”, pois a qualidade é alta. Trabalharei por partes, então vamos lá.
Mundo sombrio mas artistico
Primeiramente, tenho algumas razões para afirmar que o Urana Kei tem habilidades técnicas bem altas, tais como:
- Detalhes nas ilustrações que criam o ar sombrio
- Deformação corporal, mas sem causar desgosto
- Utilização do quadro de forma impactante
- Perspectivas que geram movimentos
Como a imagem abaixo indica, fica claro que ele teve forte influência do Okubo Atsushi. Ao mesmo tempo, é perceptível também que ele digeriu e gerou o estilo dele.
Um ponto interessante é o fato de que o enredo bastante sombrio combinou com o estilo da arte do Urana Kei. Ou melhor, o enredo sombrio ficou mais abissal devido a arte dele. Digamos que a arte dele exala uma certa amargura. Como por exemplo os monstros feitos de entulhos e lixos acumulados.
Os monstros e habilidades
Um ponto que destacou, foi a ideia e conceitos da crença japonesa como shintoismo no meio de um manga que fala de objetos inúteis.
Por exemplo, os monstros chamados de Hanju são basicamente objetos velhos que ganharam vida como os Tsukumogami. Na qual, tsukumogami são entidades que se animam, ou seja, ganham vidas devido ao tempo de existências. Mais detalhes nesse link (ENG). Certeza que vocês já ouviram falar de “Touken Ranbu”(ENG), “Tsukumogami Kashimasu”(ENG) ou entre outros.
Outro ponto são os Jinkis que são usados, onde Jinks são basicamente objetos que ganham habilidades que originalmente não teria devido ao dono usar com muito “carinho” e ter um vínculo forte.
Esses dois pontos me marcaram fortemente. Afinal de contas são guerras entre esses dois lados e mais.
Resumindo: A guerra em um lixão: Gachiakutai
Basicamente, o Gachiakuta diz sobre coisa velha e as visões que rodeiam as coisas “velhas”. Para nós que estamos acostumados com esse mundo regido pelo capital, e que nos incentiva de forma brutal o consumo desenfreado e descarte imediato, seria interessante. Ainda mais que tem este lado shonen com batalhas inéditas, bastante latente, não encontrei razões para deixar passar em branco.
Os mangas já estão disponíveis na interweb, então os que interessam, de uma procurada que terá uma experiência divertida.
Bem, então, até a próxima!!
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