Yamikin Ushijima-kun: A história de um agiota
Olá, como estão? Antes de começar vamos com uma pergunta. Quem aqui já passou perrengue por causa de dinheiro? Quem aqui já quebrou a face por não ter dinheiro? Então, essa obra; Yamikin Ushijima-kun, é uma obra que fala exatamente disso. Só que pelo ponto de vista do agiota. Alias, o termo “yamikin” em japonês tem o mesmo sentido de “agiota”, em portugues.
Essa peripécia, já finalizada, tem como autor o Manabe Shohei e serializada no Big Comic Spirits. Então vamos começar pela Sinopse?
Sinopse
O agiota Ushijima Kaoru, o dono do Cow Cow Finance, trabalha com o humilde juros de 50% por 10 dias.
Em plena sanidade mental uma empresa que trabalha com um juros tão abusivos, ao ponto de mandar os donos ao inferno de tobogã, não daria certo. Entretanto, contra intuitivamente, muitas pessoas buscam empréstimos com o Ushijima.
Naturalmente, os clientes ao redor de Ushijima são todos “problemáticos” que não conseguem empréstimo. Agora, o que acontece quando esses clientes pegam empréstimo com agiota?
Ao mesmo tempo em que descreve o mal do agiota, esse profundo drama humano retrata a dolorosa realidade das pessoas em dificuldades financeiras e seu lamentável fim, olhando diretamente para a realidade de que essa é uma parte comum da sociedade.
Yamikin Ushijima-kun: A história de um agiota
Humanidade e dinheiro
A priori, agiotagem é ilegal. Pois, é uma forma de empréstimo desumano. Ao menos isso é o que a legislação quer dizer. Isso independe da localização; Japão ou Brasil. Entretanto, sabemos muito bem que o mundo real não é tão limpinho e simples assim.
O característico e o divertido dessa obra é o fato de dar foco nessas pessoas que o banco já não empresta, ou nunca emprestou dinheiro. Afinal de contas, acredito que boa parte dos nossos leitores já tiveram meses que brincaram de roleta de boleto. Paga o boleto com a data e com urgência maior, e no mês seguinte tenta pagar as outras pois a grana tá curtíssima. Ou seja, as pessoas retratadas no Ushijima-kun poderiam ser facilmente nós mesmos.
Partindo desse pressuposto, é uma obra que nos faz pensar seriamente como lidar com essa desgraça chamada de dinheiro.
Desgosto
Aliás, já sabendo que estamos muito mais próximos da miséria do que da fartura, vamos continuar falando algumas verdades que essa obra nos esfrega na nossa face. No caso, é o desgosto. O desgosto nos fim de cada arco é muito grande.
Pois, o Yakimin Ushijima-kun não tenta ser um bom menino pela metade. Do começo ao meio e fim, essa obra é desgostosa pois não tenta mostrar uma face “boa” do Ushijima e as pessoas ao redor dele, mas a realidade nua e crua de humanos egoístas sendo humanos. Falando de uma outra forma, são más e não ligam pra isso. São naturais para elas.
Mas então como uma obra desgraçada pode ser boa?
Olhar realista
Essa obra é boa, pois analisa e retrata a realidade como ela é. Vão ter pessoas que caíram no fundo do poço por vício em jogatina, vão ter os que caíram por vulgaridade, vão ter os que caíram por falta de autocontrole emocional, mas também terão os que caem por tentar ajudar o próximo.
De qualquer forma, o Ushijima-kun não terá piedade, pois citando ele: “O dinheiro não é tudo, mas tudo precisa de dinheiro”.
Resumindo o Yamikin Ushijima-kun: A história de um agiota
Bom, isso foi uma breve introdução do Yamikin Ushijima-kun. É uma vida árdua de um agiota que ele tenta fazer a vida dele como agiota. Uma obra com várias verdades sendo esfregadas de uma forma brutal para leitores acordarem pra vida. Principalmente aqueles que acham que dinheiro dá em árvore.
Infelizmente a obra acabou em 2019, mas o assunto dentro dela ainda não envelheceu. Assim, recomendo fortemente a leitura para todos que passam perrengue econômico.
Para quem não quiser ler, tem a versão em live action com o ator Yamada Takayuki fazendo o papel do Ushijima Kaoru.
Aliás, a próxima obra do autor Manabe Shohei está no oposto, ela se chama “Kujo no Taizai”, e tem como protagonista um advogado.
Então, divirta-se!!
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