Shiyakusho: a prefeitura dos mortos
Olá, como estão? Hoje falarei de uma obra que me pegou em um péssimo momento. Essa obra se trata de morte e se chama Shiyakusyo. Shiyakusyo (市役所) em japonês remete a prefeitura e os ideogramas utilizados seria “local de administração pública do município”. No caso, o título da obra brinca com o ideograma e no lugar do município (市), utiliza uma palavra que pronuncia da mesma forma shi (死). Entretanto significa “morte”. Assim dá a entender como “prefeitura da morte”.
Essa obra, claramente seinen, tem como autora a Azumi Kishi e ela vem publicando o Shiyakusho pela BUNCH COMICS.
Então, sem mais delongas, vamos para a sinopse?
Sinopse
Existe na fronteira entre este lado e o outro lado um lugar conhecido como Shiyakusho, e ela não é uma prefeitura. Lá é o lugar onde todos os tipos de pessoas, desde suicídados, assassinados, adoentados, acidentados e natimortos vêm para processar postumamente suas próprias mortes.
Aliás, todos os funcionários do Shiyakusho morreram pelo mesmo motivo. Assim, a história percorre nas razões pela qual eles decidiram trabalhar lá após a morte, e pela razão do Shiyakusho existir. Esta é a história de pessoas que passam pelo Shiyakusho e de seus funcionários, mesmo postumamente analisando como foi a sua vida.
Shiyakusho: a prefeitura dos mortos
A temática
Pelo título achei que seria um terror, daqueles terror com pânico ou suspense. Entretanto, enquanto lia, percebi que estava muito errado. Era uma obra que questionava a relação entre a sociedade e a vida da pessoa.
Lembrei um pouco do Yamikin Ushijima-kun. Enquanto o Ushijima-kun mostra a humanidade por meio do dinheiro, o Shiyakusho mostra a realidade humana pela morte.
Como? Explicitando as inúmeras faces humanas e as contradições. Pois, o funcionário principal da obra se chama Shimura e ele lida diariamente com vários mortos. Claro, cada morto tem uma história de vida diferente para chegar lá. Juntamente, há os colegas do Shimura e cada um carrega uma história para ter levado lá.
A variedade
Como eu disse no início, o tema do Shiyakusho é a “morte”. São várias mortes tão cruel, e muitas delas não desejado, que senti um peso no coração ao ler a história.
Tomando como um exemplo um dos casos, uma história que me causou dolor quando a li, foi sobre uma criança faleceu devido a negligência familiar.
Frequentemente surge nas notícias dos pais que assassinam as proles por negligência. Quando vejo os argumentos deles, vejo que eles também são seres humanos e ficam frustrados quando seus filhos saem do seu controle.
Quando olho para a Internet e outros lugares, há pessoas que condenam até mesmo esses sentimentos de frustração. Convenhamos, criar um ser humano não é fácil, é uma tarefa difícil.
Agora, “como lidamos com essas frustrações?” O estresse dos pais é parte integrante da criação de um filho, mas, mesmo assim, a obra nos faz pensar em como a criança estaria se sentindo, em como lidar com as crias e assim por diante. Particularmente, negligência é um dos atos mais desgostosos para minha pessoa. Infelizmente, tem pessoas que não entendem o fato das crianças serem um outro ser humano, os filhos não são extensão deles. A frustração é sua, lide com ela você mesmo.
Resumindo o Shiyakusho: a prefeitura dos mortos
Bem essa foi a breve visão sobre o Shiyakusho. Uma obra que explicita as faces feias dos seres humanos quando envolvem dinheiro e a morte. Um drama de vida que conta o cotidiano da prefeitura da morte. Uma obra que faz repensar nossa visão sobre a vida e a morte, ajudando a repensar nossos sentimentos e valores.
Aliás, para quem deseja tem a versão em mangá, em anime e tem também a versão em dorama. Ou seja, tem para todo o gosto.