Sentai Daishikkaku: A narrativa define
Olá, como estão? A obra de hoje se chama: Sentai Daishikkaku. Em inglês tiveram a audácia de nomear como “Go! Go! Loser Ranger!”, brincando com a famigerada canção: “Go! Go! Loser Rangers!”.
Tem como autor o Haruba Negi, o autor do Go-Tobun no Hanayome. Aquela comédia romântica das cinco gêmeas e um menino ligeiramente perdido.
Voltando para o Sentai Daishikkkau, ela iniciou em 2021, poucos meses depois do Go-Tobun no Hanayome finalizar. tem como primissa mostra o podre dos Rangers, o quão humano eles são e que está bem longe da imagem perfeita que eles mostram nas câmeras, e, claramente, acabar com eles. Para quem já assistiu, lembra um pouco o The boys.
Sinopse
Há 13 anos atrás, o batalhão dos vilões invadiu a Terra. Entretanto tiveram que enfrentar os Rangers: o Dragon Keepers, e suas super armas divinas, o chamado Shingu.
Os vilões foram derrotados em um ano e todos os seus executivos foram executados. Desde então, os soldados sobreviventes quase imortais foram forçados a encenar, todos os domingos, a sua derrota para os Keepers diante de uma multidão de espectadores.
Nessas condições uma hora a paciência acaba. Canssado dessa escravidão, um dos soldados se rebela e decide que derrotará os Dragon Keepers infiltrando-se na organização.
O nome dele? Soldado D.
Sentai Daishikkaku: A narrativa define
Sintonizo com quem?
Primeiramente, o Sentai Daishikkkau é uma obra que não sei a quem devo me sintonizar. Pois as obras de heróis são caracterizadas pelo fato de ser fácil se envolver emocionalmente com o protagonista, e assim as batalhas tornam emocionantes. Entretanto esse é o ponto que difere e deixa tudo mais interessante do Sentai Daishakunin.
Pela sinopse já sabemos que se passaram 13 anos desde o início da batalha entre heróis, os Keepers, e os vilões. Após o primeiro ano, só restaram os soldados. Pois, os riscos maiores já tinham sido dizimados. Apesar disso, os soldados vilânico foram forçados pelos Keepers a um acordo secreto para continuar as batalhas de domingo, tal qual teatro.
O soldado D, insatisfeito com essa situação, farto com o papel de palhaço, queria só uma maneira de acabar com os heróis. Afinal de contas, pelo ponto de vista do D, os Keepers são os verdadeiros vilões, pois eles forçam os soldados a fazerem algo que não desejam. Se bem que, inicialmente quem invadiu a terra foram os vilões.
É estranho sentir pena dos soldados. E ao mesmo tempo fico me perguntando, como os Keepers, conseguem brincar de escravidão e dar sonhos às crianças ao mesmo tempo?
Algo me diz que nem um nem o outro está correto. Como tomar partido em briga de terceiros sem saber bem a razão da treta?
Pessoalmente, achei bastante inovador ler um mangá de “herói vs vilão“ com um ponto de vista neutro, mas provavelmente algumas pessoas podem dizer que falta emoção.
Prós e contras
Claro, com essa neutralidade duvidosa, uma camada de leitores ficaram brutalmente pistola. Pois não há como sentir aquela empatia nem nos personagens, nem no enredo. Pois é um tema já bem batido. O mais radical delas é o the boys. Foi um estouro lá em 2019, mas o Sentai Daishikkaku iniciou em 2021 e agora já estamos no final de 2023.
Mas como que ainda está sendo publicado, mesmo já sendo um tema bem batido? A seguir, pode conter spoiler, então para quem é meio sensível, recomendo parar de ler aqui. Tudo bem? Caso não tiver problema, prossiga;
Resumidamente falando, briga de ego não tem errado, só depende do ponto de vista e da narrativa.
Fazendo uma analogia retardadamente burra, mas eficiente neste caso, para a população alemã pós 1ª guerra mundial, Hitler foi o salvador da pátria que tirou o país da miséria, alavancou a economia e forneceu orgulho nacional. Entretanto, para o restante do mundo e os Judeus, Testemunha de Jeová, LGBTQIA+ e pessoas especiais, ele foi o pesadelo na terra.
A mesma coisa acontece com os Dragon Keeper e os vilões. A forma como o Haruba Negi conta a história, consegue fazer com que a briga de ego de cada personagem torne algo palatável. Enquanto se lê com uma certa frieza, percebe que todos os envolvidos precisam de uma boa terapia ou um colete de força.
Resumindo o Sentai Daishikkaku: A narrativa define
Bom, isso foi o resumo do Sentai Daishikkaku. Uma obra que depende da mentira que você decide acreditar. A obra que achincalharam por “faltar amor ao Tokusatsu”.
Talvez esse não seja o ponto do autor, mas a batalha (quase solitária) do D, teve uma eficácia para perceber a importância da narrativa.
Afinal de contas, por ser a obra do Haruba Negi, os traços são bastante finos. Quem acompanhou o Go-Tobun no Hanayome sabe bem. Então para quem não foi muito atraído pelo enredo, de uma chance pelo traço.
Então, divirta-se!!
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