Chloe no Ryuugi: Se deve ser dita, diga, mas sem perder a ternura

Chloe no Ryuugi: Se deve ser dita, diga, mas sem perder a ternura

Como vocês estão? Estão todos bens? Recentemente acabei de ler um manga que, na realidade, achei que já tinha terminado. Mas não tinha. Chamado Chloe no Ryuugi, ou também Style of Chloe. É um manga que dividiu opiniões, pois já vi pessoas que elogiam loucamente e pessoas que esculacham com força. Agora, quero saber a opinião de vocês, caros leitores. Certo?

Só deixando a ficha técnica, o autor Imai Daisuke publicou o Chloe no Ryuugi em uma revista chamada Weekly Manga Goraku, e posteriormente no Goraku Egg, a versão online. Detalhe que essa revista é dita como seinen. Entretanto, acho que chamar de seinem seria errado, quando o público alvo são os homens de 30-50 anos. Enquanto o termo seinen em JP indica pessoas que sairam da puberdade e estão chegando nas casas dos 30. Mesmo nessas condições, essa revista é dito como seinen. Mas tudo bem, isso é detalhe.

Então vamos começar pela sinopse para ter uma ideia geral. OK? 

Sinopse

Uma menina loira de olhos azuis, cuja sua origem é a França, mas que aprendeu o japonês pelos Jidaigekis, diz as suas opiniões sobre a terra do sol nascente. A priori, sem papas na língua. Simples e objetivo.

As palavras deveriam ser ditas, mas sem perder a ternura: Chloe no Ryuugi

Agora, vamos dar uma olhada em três pontos que se destacam em Chloe no Ryuugi. Afinal de contas, é uma manga que tem recebido críticas polarizadoras, incluindo comentários como “é grotesco” e por outro lado, “é cintilante”, “é interessante”.

Mas o que ela fala?

Primeiramente, o que ela tanto fala nesse manga? Como já foi dito, a opinião dela (vulgo, visão de mundo do autor, mas camuflado). 

Sabe aqueles ocorridos do dia a dia que nos incomodam, mas muitos fazemos de conta que não aconteceu porque dá mais trabalho ir lá e chamar atenção para corrigir a atitude de terceiros, que na pior das hipóteses pode ficar puto e te matar?

Então, é muito divertido ver a protagonista, Chloe, usar argumentos “politicamente corretos” para dar o tapa na cara da sociedade. Por exemplo, os comportamentos egoístas, murmúrios reclamando da vida enquanto o problema é você mesmo, situações em que nós percebemos que não estão eticamente corretas, mas deixamos levar a deriva.

O ponto positivo é nóss visualizarmos o que está errado, e rever as próprias condutas. Mas também há momentos que chega ser pedante, de tão correto que ela é.

Qual o problema de ser correto?

É bem claro. O “correto” não necessariamente é o adequado. Afinal de contas, na maioria dos casos, os conflitos surgem por atritos de mais de um posicionamento “correto”.

O interessante da Chloe, é ela deixar claro o posicionamento dela, mas sem perder o respeito. Além do fato de usar uma linguagem e exemplos que quem está recebendo entenda. Ok, tudo bem, as palavras dela são indiscutivelmente fortes, mas são facilmente compreensíveis.

Para mim, como um leitor, as palavras dela ecoam como um mantra. Pois, os casos usados dentro da obra são realmente casos do dia a dia, que qualquer um já passou ou até mesmo está passando agora, dentro do transporte público. Ou seja, me deu oportunidade de repensar nos meus atos e evoluir como uma pessoa (Falando assim, pareço até aqueles gratiluz do linkedIn huahuahua)

Caso seja necessário, diga, faça, mova. Mas, sem perder a ternura

Se algo te incomoda, nóss devemos falar. Provavelmente essa é uma das ideias que essa obra carrega. Se bem que, em inúmeros momentos, eu pelo menos, não digo o que acho necessário, por não estar confiante no que digo, ou até mesmo por olhares de terceiros. Acredito que, mesmo não sendo corriqueiro, vocês também já passaram por momentos semelhantes. Mas assim nada mudará. 

Se você mudar, claro que surgirá pessoas criticando (desconstrutivamente) as suas atitudes. Mas, caso seja necessário, diga, faça, mova. Mas, sem perder a ternura. Acredito que esse tipo de mensagem que a obra traz faz que surjam pessoas dizendo que essa obra “é grotesca”. Pois essa opinião que a obra transmite é “correto”.

Resumindo: As palavras deveriam ser ditas, mas sem perder a ternura: Chloe no Ryuugi

Para finalizar, a obra Chloe no Ryuugi é recomendada para todos que têm algum tipo de dificuldade de se posicionar. Dizer a sua opinião, o seu posicionamento não é errado. As palavras devem ser ditas.

Não perca a oportunidade, são somente 3 volumes. Se quiser, a versão em série também está disponível e são somente 8 episódios. Parece fanmade, mas é por ser extra baixo orçamento.

Então o seguinte, querem o Manga? Oficialmente, tem aqui, em Jp. Em português, tem os colaboradores anônimos que propagam as palavras. 

Querem o Anime? Não tem. Infelizmente.

Bem, então, até a próxima!!

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Yago

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