Muse no Shinzui: O desgosto de reiniciar

Muse no Shinzui: O desgosto de reiniciar

Como vocês estão? Estão todos bens? A obra de hoje é uma que exala tanto desgosto que torna-se saborosa. Pois, em apenas 3 volumes de obra, a obra: Muse no Shinzui (En: The Essence of Being a Muse), explora a humanidade dos personagens, e ao mesmo tempo a tristeza de ser alguém normal.

O Muse no Shinzui teve como autora a Fumino Aya, e publicado no Comic Beam de forma mensal.

Sinopse

Depois da Seno Miyu ser desclassificada no exame de admissão da graduação de arte, ela perdeu a autoconfiança e se tornou totalmente submissa à sua mãe. Entretanto, aos 23 anos de idade, um incidente faz com que a Miyu decida retomar a arte e a pintura.

É um drama humano, onde ela tenta sair da vida monótona de escritório, da sua vida de auto-depreciativo, sair de sua casa e reiniciar sua vida.

Muse no Shinzui capa vol 1
Capa do primeiro volume

Muse no Shinzui: O desgosto de reiniciar

Essa obra, Muse no Shinzui, lembra bastante o “Eizoken ni wa te wo dasu na!” e o “Hidarikiki no Eren”. Recomendado para aqueles que sentem uma diferença com as pessoas ao seu redor e percebe facilmente os seus pontos negativos.

Só ressaltando que não terá exemplos explícitos pois são somente 3 volumes. qualquer coisa torna spoiler das pesadas.

O desgosto desgostoso

Minha impressão me afirmou que o Muse no Shinzui é uma obra que gera desgosto, mas por ser um desgosto tão intenso, torna-se saboroso. Como o café, começa tomar um café com leite e um montão de açúcar, logo está tomando só um café melado, quando menos espera 2L de café preto diariamente.

Pois quando penso o que seria uma boa obra de arte, ela apresenta uma experiência emocional.

O quanto isso pode ser comovente

O quão duradoura é a comoção causada

Acredito que trate disso. Encontrei ambos os fatores no Muse no Shinzui. O mais trágico foi que em cada volume dos 3, me lembraram de alguma parte que eu me odeio, ou partes ruins de mim mesmo. O interessante foi que li os três volumes, mesmo tendo esse desgosto na mente. Não consegui parar. Há uma vasta gama de emoções, mas eu senti que algumas emoções positivas nascem do chorume da auto-mutilação emocional.

Me lembrou bastante do Oshimi Shuzo e Umezawa Jun. Autores que sabem expressar de uma forma comovente.

Muse no Shinzui capa vol 2
Capa do segundo volume

Mas eu sou estranho?

Agora, quem já se perguntou “mas eu sou estranho?”. Essa pergunta surge, pois os que são retratados no Muse no Shinzui são pessoas que não são considerados loucos por não ser tão fora da casinha, mas ao mesmo tempo sentem desconforto em viver na sociedade.

Elas não são extremamente talentosas, mas para a convivência necessita de um esforço brutal, pois os padrões internos não são compatíveis.

Eu gostei da maneira como expressaram a angústia e se adaptaram às pessoas que não gostam dessa sociedade que ama nos enquadrar em estereótipos.

Havia cenários que quase não havia fala, em comparação havia cenários que tinham uma quantidade não natural de texto, o que era visualmente interessante.

Muse no Shinzui: O desgosto de reiniciar

Bem, essa foi a breve visão Muse no Shinzui. Durante a leitura, fiquei embasbacado em alguns cenários, pois passou pela minha mente: “Você também vai contar o ponto de vista dessa personagem em uma obra que completa em apenas três volumes?!”.

Há os trancos e barrancos, mas é um belo manga de drama humano com uma quantidade agradável de auto-depreciação!

São somente três volumes e fáceis de ler, então se você ainda não leu, por que não dar uma chance?

Bem, então, divirta-se e até a próxima!!

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Muse no Shinzui capa vol 3
Capa do terceiro volume

Yago

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