Mouryou no Hako

Mouryou no Hako

Olá! Como estão? Tudo bem com vocês? Querem passar um friozinho na alma para se refrescar nesse calor? Então, hoje lhe apresento o Mouryou no Hako. Um manga que inicialmente era um novel, amigavelmente apelidado de tijolo, por causa do tamanho dela. Mouryou no Hako trata-se de suspense, contos de detetive, mitos e lendas no estilo Chuanqi

Mouryou no Hako, publicado no Comic Kwai pela editora Kadokawa. Escrito por Kyougoku Natsuhiko e desenhado por Shimizu Aki. O autor é bastante famoso neste mundo da literatura japonesa por criar livros parecendo tijolos, de tão grosso que são. E o desenho da Shimizu Aki encaixou perfeitamente com o conteúdo da coleção.

Nas primeiras páginas, ainda colorida, já me deixou bem louco, confuso e desidratado. Pois, um homem entra em um trem, e lá estava um homem com uma caixa. O homem que conversa com o homem da caixa, vê o que há nela e também quer uma garota na caixa, e vai procurá-la. O homem tem uma revelação em seu sonho e tenta fazer ele mesmo uma garota na caixa. Não dá para saber o que está acontecendo, só essa cena já causa uma ojeriza e extremo susto. E ainda mais, o cenário muda em seguida.

Sinopse

Em 1952, alguns anos após a segunda guerra, é aqui que a história começa. Kusumoto Yoriko e Yuzuki Kanako são duas meninas minimamente felizes que frequentam uma escola feminina e acreditam que elas são a reencarnação uma da outra. Eles estavam na plataforma da estação para pegar o último trem e ir ao lago. No entanto, Kanako é atropelada pelo trem que estava chegando. O detetive Kiba, da Seção de Investigação do Departamento de Polícia Metropolitana, que por acaso estava no local da confusão, dirige-se ao hospital com a Kanako e com a Yoriko que estava junto. Lá, eles conhecem Yuzuki Yoko, uma mulher que diz ser a irmã mais velha de Kanako. Ela se revela Minami Kinuko, a atriz que Kiba vinha admirando.

Casos de desmembramento de corpos. Kubo, um romancista jovem com autoconfiança ao extremo. Onbako-sama, o homem profano que faz seus seguidores pagarem com os seus bens. Kanako, que desapareceu de forma súbita no hospital que Kiba patrulhava. Não dá para ter a menor ideia como o Mouryou no Hako vai guiar. 

“Aaaaaaah mas é nítido que o blablabla”. Uhun, vai nessa. Muito nítido que exista um monte de pontos espalhados no início do Mouryou no Hako, não tem nexo nenhum e isso causa a ojeriza. Mas o processo de conectar esses pontos e traçar elas, nos causa uma estranheza e ao mesmo tempo a vontade de saber mais o que vai acontecer.

A ojeriza de boa qualidade

Bem, para ser honesto, eu estava receoso, porque sabemos das inúmeras tragédias que ocorreram quando fizeram adaptações de novels e de manga para anime e live-action. Da mesma forma, não seria muito sábio estar confiantes com as adaptações de novel, como o Mouryou no Hako, tornando manga. Eu estava preocupado se aquela ojeriza que senti na versão inédita do novel de Mouryou no Hako, estaria presente quando ela passasse da imaginação para a imagem. Então, já sabia que este manga existia, mas tive medo de ler ele. Mas depois de assistir a um episódio do anime “Mouryou no Hako” há muito tempo atrás, decidi tentar. A propósito, o designer original do personagem desse anime é a famigerada CLAMP. Se estiverem interessados, postarei o link do anime também.

“A Shimizu Aki é incrível” foi o que pensei quando comecei a ler a versão em mangá. Os número de personagens da história não são alterados, e as histórias também não são alteradas. Se perguntar se ela não mudou nada, seria mentira, pois o que poderia ou deveria ser resumido, ela resumiu. Mas só o necessário. Assim, a ojeriza causada na versão original e a aquele jeitinho retrô combinados com o excelente desenho, fez a história tornar-se ainda mais assustadora. Ainda mais, com as informações detalhadas de Youkais e histórias delas, você pode realmente ver quanta pesquisa Kyogoku Natsuhiko fez quando escreveu o Mouryou no Hako. Mas esses detalhes só tornam mais ojerizador e assustador o fato de não conhecermos a identidade do Mouryou, e os desenhos de Shimizu Aki o tornam ainda mais ojerizador e assustador. É uma ótima dupla.

Quam está na sena?

Mas tudo bem. Como são os personagens? Uma boa notícia para nós leitores é que conseguimos identificar cada personagem principal e sub. Os personagens são bem proximos de como são retratada na novel.

Kyougoku-do e o bom humor marcante dele

O detetive: Kiba é retratado de forma bem durão, mas, poderia ser retratado de forma um pouco mais amigável. Agora, o jeitinho do escritor: Sekiguchi com comportamentos duvidosos e parecendo um macaco foi bem colocado. O jeitinho animado do Toriguchi, que é o editor de revistas, é exatamente o mesmo. A irmã de Kyogoku-do, Atsuko, que trabalha como repórter para uma grande revista, é super fofa. O personagem principal, Chuzenji Akihiko, conhecido como Kyogoku-do, que trabalha como dono de uma livraria antiquária e Onmyji (mestre de yin-yang), a cara de mal humor é um retrato do Kyogoku-do na novel.

São apenas 5 volumes, então dá para ler numa sentada. Dá para ler em um piscar de olhos e deixa o gostinho de quero mais. É um maravilhoso manga para quem quer conhecer bastante sobre cultura obscura japonesa com muita qualidade e para quem está cansado de Shonen.

Querem o Manga? Infelizmente, procurei, mas não encontrei a versão em PORTUGUES. (Em inglês achei)

Como sempre amarrei com muita força, mas conseguiram se divertir?

Bem, então, até a próxima!!

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Yago