Kumo no Mukou, Yakusoku no Basho

Bruno Arade
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Drama, Mancha de Anime, Militar, Romance, Sci-fi

Quando falamos de Makoto Shinkai, aqueles que conhecem o nome vão lembrar de um filme em específico. O maravilhoso Kimi no Na wa, ou em inglês, Your Name. Que por sinal logo vai receber um post aqui também. Mas, além de Kimi no Na wa, Makoto Shinkai tem uma bela carreira. E sua carreira como diretor de diretor começou com Kumo no Mukou, Yakusoku no Basho, ou em inglês, The Place Promissed in Our Early Days.

Kumo no Mukou, Yakusoku no Basho, é um filme em anime, e como disse, o primeiro filme dirigido por Makoto Shinkai, que lançou em 2004. Além do filme, também recebeu um manga, de volume único com 8 capítulos. Mas chega de enrolar e vamos ao que importa!

Sinopse

No estreito de Tsuguru há uma titânica torre, que chega até o céu. Fujisawa Hiroki e Shirakawa Takuya são estudantes e melhores amigos, e ambos possuem dois focos de admiração: a grande torre e Sawatari Sayuri. Um dia, eles começam a conversar com ela, e depois de a conhecerem, os dois apresentam a Sayuri seu grande projeto: um avião que os dois estão construindo para voar até a grande torre.

Ao saber do avião, os três prometem que irão voar juntos até a torre quando o avião estiver completo. Mas a promessa dos três será mais difícil de realizar do que esperado, devido a uma repartição entre o norte e sul do Japão, causando tensão e conflitos na base da torre, que define a divisão de territórios do sul, controlados pelos Estados Unidos, e o norte, pela União Soviética.

Não sendo suficiente, um dia Sayuri simplesmente desaparece, e por três anos, Hiroki e Takuya não tem mais notícias dela, e acabam se separando também, cada um tomando seu caminho. O que ambos não sabem é que, na realidade, Sayuri está em coma devido a um distúrbio de sono. E logo eles vão descobrir que o distúrbio de Sayuri está diretamente relacionado a torre.

Começa como romance, e vira sci-fi

Kumo no Mukou, Yakusoku no Basho, é uma obra que parece, inicialmente, ser apenas um drama que nasce, devido, a um triangulo amoroso entre três adolescentes. Da muita a impressão, principalmente, por um dos personagens aparecer no começo, já mais velho, falando sobre o passado, próximo de túmulos.

Mas aí vai para esse passado, com ele adolescente, e começa de maneira fofa. São jovens, com sonhos grandes, que gostam da mesma garota. É difícil não imaginar que será um triangulo amoroso. E então, os dois se aproximam dela, mas claramente ela é mais próxima do Hiroki. O que fortalece ainda mais a ideia de triangulo amoroso.

Porém, quando menos se espera, Sayuri some, e começa a surgir realmente as características de sci-fi. Obviamente, a torre é representada desde o começo, mas não é como se desse detalhes sobre o que a torre realmente faz. Porque o foco nesse ponto é nos três. Bem, o filme inteiro. Mas até esse momento, eles não estavam relacionados a torre realmente.

Aí você dá de cara com um drama, misturado com sci-fi, mas nada realmente absurdo, mas o romance ainda existe. E deixa mais claro ainda qual é o casal principal. Se não era óbvio desde o começo, logicamente.

Em 2004…

Então, quando assistir Kumo no Mukou, Yakusoku no Basho, é importante lembrar de um detalhe muito importante: é animação em qualidade de filme, mas é de 2004. O estilo de animação de 2004 é bem diferente do atual. E é o estilo de animação. Porque a qualidade da animação é garantida. Além disso, a trilha é maravilhosa, mas também carrega aquela coisa da época.

Mas, se você assim como eu, já assistiu animes antigos, e não tem problema com o estilo deles, vai adorar, e talvez até ter uma certa nostalgia. Principalmente para aqueles que assistiram Onegai Teacher, porque o dublador do Hiroki é claramente o mesmo do Kei, a Sayuri é a mesma da Karen de School Rumble. Então acredita que a nostalgia ainda bate.

E mesmo que seja um filme com 12 anos de diferença de Kimo no Na wa, é possível ver o estilo de Makoto Shinkai ali. O estilo de narrativa, os personagens, como se relacionam. E a completa ausência de medo em fazer quem está assistindo ficar com aquele aperto no peito por não saber se vai ter um final feliz. O que, por sinal, eu não vou revelar.

Kumo no Mukou, Yakusoku no Basho

O que mais dizer sobre Kumo no Mukou, Yakusoku no Basho. É um filme maravilhoso, e uma hora e meia é tudo que você precisa para apreciar uma belíssima obra. Vou dizer que é uma obra de arte? Não, com certeza não. Mas é algo que vale muito a pena assistir, e eu recomendo fortemente a todos.

Gostaria de dizer que o filme está disponível em algum dos serviços de stream, mas infelizmente não posso. Tem a página na Crunchyroll, mas é acompanhada daquela maldita mensagem que o filme não está disponível no Brasil. Então é VPN, ou, como todo bom otaku sabe, titio google a ajuda. Pelo MyAnimeList tem na Netflix. Mas não tem no brasileiro, então é VPN também.

A partir dessa semana, eu vou começar a fazer os próximos posts sobre os outros filmes do Makoto Shinkai. Por que? Simples. Porque os filmes dele são ótimos, e eu meio que fiquei com vontade de assistir tudo depois do post de Kotonoha no Niwa. Então vou aproveitar que já comecei a fazer os posts dos filmes e vou continuar até o final.