Kaiji

Kaiji

Olá, como estão? Tudo bem com vocês? Com essa fama do Round 6 (Squid Game), fui assistir por curiosidade. Mas, aparentemente, ser velho o suficiente fez eu saber as fontes de inspiração do diretor. O que arruinou a minha experiência. A razão? Leia Kaiji, Liar Game, As the Gods Will (Kami-sama no Iu Tori), Gantz, Alice in Borderland e Battle Royale. Já apresentei o Alice in Borderland e o Battle Royale, hoje será a vez do Kaiji. A série Kaiji iniciou em 1996, com o autor Fukumoto Nobuyuki na revista Weekly Young Magazine e está lá até hoje. Claro, como é uma série, mudou algumas vezes de nome. Mas a essência se mantem.

Aliás, deixarei bem claro, NÃO ESTOU DESMERECENDO O DIRETOR HWANG DONG-HYUK. O Round 6 (Squid Game) foi um marco na Netflix e tem o seu valor. Vou deixar BEM claro, para não ter nenhum tipo de mal entendido. Certo? Afinal de contas, ele já falou em entrevistas, como essa, as influências delas. Algumas ele nega? Sim, mas os comparativos de imagens estão aí para eu não ser o titio louco, weeaboo e supremacista japonês. Só quero apresentar os manga que inspiraram o Diretor Hwang Dong-hyuk para deixar a vida de vocês mais felizes.

Sinopse

Fevereiro de 1996. Após mudar-se para Tóquio, Ito Kaiji vivia uma vida mórbida e de lixo, sem arranjar um emprego regular e jogando dinheiro que não tinha. Certo dia, um agiota chamado Endo notifica ele que está endividado. Pois um amigo das antigas, na qual ele havia sido o fiador, fugiu. O Kaiji fica sem rumo ao saber o valor da dívida e assim, o Endo convida ele para embarcar no navio chamado “Espoir”. O nome do navio vem da palavra francesa: “esperança”. Nela é oferecida a Kaiji a chance de ter suas dívidas liquidadas. Assim, inicia a vida dolorosa do Kaiji envolvendo jogos de azar.

A obra Kaiji não só é rica em ideias, como também é muito bem construída dentro das suas limitações. As onomatopéias como “zawa… zawa…” que indicam os desconfortos emocionais no trabalho de Fukumoto, e posteriormente no Japão, são consolidadas nessa obra.

Além dos próprios jogos serem bastante interessantes, a história é também tem uma descrição muito precisa, explicitando a natureza humana. Claro, em vários sentidos. Também mostra o lado sombrio do grupo que organiza os jogos. Mostrando o que o Kaiji enfrentará eventualmente, dando-nos um vislumbre do futuro da série.

Marco Histórico

Não seria exagero mencionar que esta obra é um marco histórico no gênero: Jogos de azar. Atualmente, temos o gênero e temos inúmeros trabalhos que atuam em cima dela. Mas pelo pouco conhecimento que eu tenho, acho que o Kaiji consolidou ela. Possivelmente, um dos pioneiros. Entretanto, quando repenso a sinopse, o cenário é aterrorizante.

Se bem que, quando li Kaiji pela primeira vez, eu era apenas uma criança. Eu pensava “talvez exista um mundo assim”, mas ao menos, quero acreditar que não existe um mundo assim! Esta sensação de irrealidade é uma das razões pelas quais eu gosto de Kaiji como uma manga de jogo.

Para continuar a conversa, já está bem claro que o Kaiji é velho. Já tem várias coleções dela, anime e live action. Os itens desenvolvidos na história e os vários utensílios usados nas apostas já foram reproduzidos no mundo real para diversão das pessoas como o Kaiji.

Jogo de azar? Talvez

Agora, o quão LIXO HUMANOS são os envolvidos? Obviamente, não prendem vendo os outros quebrando a cara. Quando eles mesmos quebram a cara, aprendem por um tempo, mas logo esquecem e começam a fazer tudo de novo. Fazem isso repetidamente. O chorume humano escorre torrencialmente neste manga. Não só do protagonista Kaiji, mas também de seus companheiros e também dos rivais.

De qualquer forma, nós só colhemos o que plantamos. Claramente, há pessoas infelizes que caem no meio de problemas por estar no local errado na hora errada, mas a maioria das pessoas passam por dor de cabeça desnecessária e culpam os outros por sua própria falta de conhecimento e ganância. No mundo do Kaiji, ele é o protagonista e portanto, não importa quantas vezes ele caia, ele levanta oportunisticamente, mas no mundo real isso não acontece.

Os jogos surreais e espetaculares no Kaiji cria a parte mais interessante do mangá, mas se você ler o mangá como um exemplo a não ser seguido, provavelmente você aprenderá muito e melhorará sua própria vida.

Se você gosta desse conteúdo: jogos de azar, definitivamente leia. E, por favor, leia veja como o Kaiji é um lixo humano. Você entenderá porque os personagens no Round 6 (Squid Game) são tão nojentos.

Querem o Manga? Até achamos em inglês, mas em português, só lamentos. 

Querem o Anime? Temos as duas temporadas aqui no Crunchyroll e também temos os live-actions.

Como sempre amarrei com muita força, mas conseguiram se divertir?

Bem, então, até a próxima!!

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Yago