Hakutaku: Crie e jogue!
Olá, como estão? A obra de hoje é sobre criação. Mas criar o que? A resposta é simples. Criar jogos, e essa obra se chama Hakutaku. Pelo ideograma utilizado no título, uma mesa branca. Mas o termo Hakutaku também é o nome de uma criatura lendária chinesa. Dizem que esse ser possui todo o conhecimento do mundo.
A obra Hakutaku tem como autor Ishikawa Kouki e está sendo publicada pela Weekly Shonen Jump.
Então, sem mais delongas, vamos para a sinopse?
Sinopse
Hikuma Daidai é um estudante que curte gameficar as atividades cotidianas, e ele mesmo sendo o jogador. Constantemente seus colegas pedem “favores”, mas ele modifica mentalmente os favores e gamifica.
Um dia, Hikuma conhece um colega de turma, Noto Raika que já não vinha à escola há muito tempo. A Raika puxa o Daidai para desenvolver um jogo em uma aula de programação.
Quando o jogo que eles criaram foi jogado pela turma, o mundo dele começou a mudar. Assim inicia a história de jovens desenvolvedores.
Crie e jogue!
Na Jump?!
Sinceramente, pelos leitores medianos da Weekly Shonen Jump, obras que trabalham com a categoria “criação de conteúdo”, acredito que seria um caminho tanto quanto espinhoso.
Pois as últimas obras que focaram nisso foram Bakuman e Tenmaku Cinema. No Bakuma criava manga e foi um sucesso muito grande. Entretanto, o Tenmaku Cinema que teve a proposta de mostrar como seria uma obra cinematográfica teve um fim trágico, pois a reação do leitor não foi nada boa. Nem pareceu que a obra é da dupla: Saeki Shun e Tsukuda Yuuto do Shokugeki no Souma.
Agora a tentativa veio com “criação de jogos”. Fiquei um tanto quanto surpreso devido a pontualidade da temática. Se fosse em uma revista mais seinem onde os leitores tem uma certa maturidade, lê-se já foi espancado o suficiente pelo árduo horário de trabalho é uma coisa, mas é uma revista shonen. É na jump. Será que já sou velho o suficiente para achar estranho jovens terem aula de programação nas aulas? Pode ser, que criar jogos é uma atividade muito mais próxima dos jovens atuais.
Cada um
Já falei da parte negativa, agora vamos para a parte “positiva”. Vamos separar por personagem para facilitar.
Começando pelo Hikuma, a galera usa ele para tudo. Não no bom sentido, pois tudo quanto é atividade que não querem fazer, eles delegam para ele. Algo que retrata bem o estilo do bullying japonês. Mas como ele gamefica tudo, não aparenta ser algo tão pesado. Até quando o professor percebe o possível bullying, o Daidai afirma que “não é bulinado”, pois não percebeu. Embora sendo nítido aos olhos de qualquer terceiro da turma dele.
Isso é o meu achismo, mas vejo que gameficar é o ato de tornar as tarefas estressantes, até certo ponto, aceitável, e até mesmo divertir com ela. Então deu pra retratar bem que o Daidai tem um grande potencial de criar diversão com algo que não é legal.
Em comparação, a Raika ama criar jogos. Tem uma paixão imensa ao ponto de sugerir dormir na escola para desenvolver o jogo que foi dado como atividade na aula de programação. Tudo bem que o tempo estipulado de 3 semanas é bem pouco. Mas destacou a experiência que ela tinha e o fervor da dupla.
A reação do Daidai quando o jogo estava na mão dos seus colegas e ver a reação deles. Inigualável. Só quem cria algo entenderia.
Resumindo o Hakutaku: Crie e jogue!
Bem, essa foi a breve visão sobre a Hakutaku: Crie e jogue. Uma obra que retrata a criação de jogos por uma dupla de estudantes. Um deles gamefica tudo quanto é atividade cotidiana e tarefas e a outra sabe desenvolver, mas não tem ideias boas para diversão.
Sinceramente, acho que errou a revista para ser publicada, mas espero muito que dê certo. Pois, os retratos tomados são esplêndidos. O enredo é linear, mas consigo me simpatizar muito. Acredito que uma minoria dos leitores vão se divertir com o Hakutaku. Mas os que se divertiram provavelmente já passaram por caminhos espinhosos tanto quanto.
Então, divirta-se no MANGA PLUS!