Ergo Proxy

Ergo Proxy

Novamente eu lhes trago um título pós-apocalíptico. Mas, dessa vez, não é apenas uma pegada de fim do mundo, e os humanos cagaram ainda mais com a situação. E sim um anime com uma pegada psicológica pesada. Para quem não conhece, lhes apresento Ergo Proxy!

Um dos poucos de sua época, Ergo Proxy saiu no começo de 2006, como um anime completamente original, com um total de 23 episódios. Para os interessados, já vou deixar o link da Netflix. Mas chega de enrolar e vamos ao que realmente interessa!

Sinopse

Ergo Proxy

Em um futuro apocalíptico, o ambiente se tornou inóspito, forçando a raça humana viver sob a proteção de enormes cúpulas, onde todas as pessoas nascem de úteros artificiais, e todas as pessoas possuem um objetivo claro. Mas apenas uma dessas cidades, Romdo, continua inteira, e é considerada o único lugar onde humanos podem viver.

Em Romdo, Re-L Mayer, neta do atual regente e integrante da divisão de inteligência, e seu AutoReiv (robôs humanoides) , Iggy, estão investigando o caso de um vírus que afeta os AutoReivs, os fazendo parar de funciona de maneira devida. Mas essa investigação vai levar Re-L a descobrir que vive acreditando em mentiras, e terá contato com o maior pecado da humanidade.

Enquanto isso, em outro canto da cidade, Vincent Law, um especialista em AutoReivs, tentando conseguir sua cidadania em Romdo, do nada se vê rodeado de situações estranhas, e acaba se unido a AutoReiv criança, Pino, em meio a confusão. Mas tudo isso vai fazer que ele, Pino, Re-L e Iggy acabem juntos, na tentativa de descobrir a verdade. Mesmo que isso os traga infelicidade.

A razão de ser

Há algo em Ergo Proxy que, sinceramente, é algo intenso do início ao fim. Alguns já vão ter ouvido a expressão Raison d’etre. Ou razão de ser. Isso carrega a ideia que o indivíduo deve possuir uma razão, um propósito que guie a sua vida. Isso é algo que se vê em todos os cidadãos de Romdo. A ideia que todos devem seguir o sistema, e respeitar as regras acima de tudo.

Mas ai tem aquele cara. O Vincent. Que claramente ele não possuí uma raison d’etre, mas tenta seguir as normas da cidade acima de tudo. Isso com o simples objetivo de ser aceito como cidadão. Mas então há momentos que ele entende que não é um cidadão. Ele não precisa seguir essas regras. E a própria animação demonstra a diferença dele em cada momento. E é perceptível a diferença dele com a Re-L, por exemplo. Ela está sempre buscando seguir seus objetivos, sua missão. Enquanto ele só quer ir atrás do que o interessa realmente.

Ergo Proxy
A esquerda o Vincent seguindo regras, a direita o Vincent “rebelde”

Mas há toda uma questão mais profunda por trás disso. Sinceramente, eu tenho vontade de falar sobre, mas isso seria um spoiler gigantesco.

Ergo Proxy

Sinceramente, Ergo Proxy é um daqueles animes antigos que você se pergunta porque nunca assistiu. Além do tema pós-apocalíptico, ele tem aquela coisa meio cyberpunk, com características góticas, isso sem falar que a Re-L é a Amy Lee, do Evanescence, ilustrada. Sério, é igual.

Também tem toda uma pegada com a questão da liberdade, quando se olha para o vírus que afeta os AutoReivs, não pelo descontrole, mas por fazer que eles não sejam mais obedientes, e façam eles questionarem a função que lhes é atribuída. E como, dependendo de qual é essa função, eles podem acabar “feridos” ao tentar ir contra isso. Mas não digo como algo bom ou ruim. E sim a ideia que ir contra algo imposto é, muitas vezes, extremamente difícil e doloroso. Felizmente nós temos terapia para ajudar com isso.

Ergo Proxy

E então, o anime que toca toda essa questão psicológica, se mostra em seu final quase em nível bíblico. Como? Vai ter que assistir para saber. Sem spoilers. Mas sinceramente, Ergo Proxy é um anime incrível. Porém, se você quer um anime leve, não é feito para você. Quando assistir, faça tentando entender realmente o que acontece. Ou muita coisa não vai fazer sentido.

Kasa

E é isso aí! Aquele abraço e até a próxima!

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Bruno Arade

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