Olá, como estão? Acabou o carnaval e o nosso hiato também acabou. Então, vamos começar com uma obra musical com reencarnação do maestro. Ela se chama “B no Seisen”, e a sinopse lembra muito do clássico Hikaru no Go. Entretanto, a forma como se desenrola é um tanto quanto diferente.
Essa obra tem como autor o Hayashi Morihiro e está serializado pela tradicional shonen: Weekly Shonen Jump. Então, sem mais delongas, vamos para a sinopse?
Sinopse
O protagonista e pianista, Yaso Ichiro tinha largado o piano após um concurso traumático. Entretanto, em mais um belo dia em que ele desperdiçava por perder o rumo, aparece um lunático que se diz ser o grande maestro do clássico, o Ludwig van Beethoven. Sim, esse tio da imagem. Esse senhor que até quem não conhece já ouviu trechos das obras dele, onde tem várias histórias de bravura e reza a lenda que sofria de terrível problema de audição. O encontro dos dois faz com que a obra inicie a desenrolar.
B no seisen: Os pianistas
O traumatizado e o maestro
A sinopse é bem tradicional de obras com “tutor e tutorado”. Bem coerente, pois obras que trabalham seriamente só com música é difícil de envolver os leitores. Raras exceções como Beck, Blue Giant e mais algumas que dá para contar no dedo. Afinal de contas, não são muitos os que tentam a vida com a música. Assim, precisa de uma profundidade bem grande nos personagens do B no seisen para com que os leitores venham ter empatia com os personagens, pois, sofrer todos nós sofremos, mas com viés diferente e isso é um belo gancho para fisgar os leitor.
Agora, a combinação “traumatizado e o maestro” conseguirá fisgar o leitor? Com o coração bem aberto, acho muito difícil, pois na Jump, obras musicais, especificamente clássicos, não duram muito. Se alguém lembrou do PPPPPP, sim, essa é uma delas. Olha que o PPPPPP teve uma camada significativa de leitores.
Tem mais razões, para a minha preocupação. A arte é incomodativa e as falas autocríticas.
O incômodo e a autocrítica.
Mudando de pau para cavalo, o autor, Hayashi Morihiro, se lançou como um mangaka em 2018 no Gold Future Cup, da própria Jump, com uma curta. Até aí tudo bem, pois na época teve o seu valor. Entretanto, comparando com a época, não senti muito desenvolvimento. Provavelmente, com o desenrolar da obra, melhore a qualidade, pois, muitos autores mudaram e melhoraram a sua obra com o decorrer do tempo. Exemplo não falta; Bleach, Katekyo hitman reborn, Hikaru no Go, Eyeshield 21, Tokyo Ghoul, etc etc, etc. São pela jump tem várias. O problema é esse tempo, pois, se não fisgar, em uns 2-3 meses a obra fica findará.
Para piorar, o B no seisen tem várias cenas na qual o autor mostra o apreço e homenageia os grandes veteranos. Claramente, todo autor tem as obras que lhe influenciou, mas nesse caso, a palavra será bem forte, beira o plágio. São falas e cenários que, enquanto lê, percebemos: “Nnnnh isso lembra a obra X”, “Aaaah essa cena é idêntica à obra Y”, “Eeeita essa fala é ctrl+c, ctrl+v da obra Z”. Ainda para variar mete uma autocrítica, lê-se auto mutilação: “Quanto mais empilha, as palavras perdem o seu valor”.
Digamos que as palavras que compõem a obra são de outras pessoas, e quase nenhuma delas é do autor, assim perde a profundidade, o valor. Que raiva disso. Não sei se foi dele mesmo ou algum editor fez que mudasse. Essa falta de argumento e profundidade, provavelmente, será a pá para cavar a cova.
Resumindo o B no seisen: Os pianistas
Bem, essa foi a breve visão sobre o B no seisen: Os pianistas. Os comentários foram bem acida, mas faz parte. O mangá é composto de citações e grandes cenas, entretanto, pegado de outros autores e com isso tendo uma profundidade de um pires. Acho que a primeira vista será legal. Pois, as cenas recortadas são boas e interessantes no momento. Mas as cenas não se ligam. São truncadas.
Recomendo essa obra para quem quer entender como costurar bem os cenários. Agora, será uma boa obra? Sinceramente não sei. Acho difícil. Espero muito morder a língua.
Então até a próxima e divirta-se!!
