No.6
Olá, como estão? Tudo bem com vocês? Queria começar o artigo com uma pergunta. Os senhores estão acostumados com “utopia camuflada de distopia”? Pois o resumo de hoje é do NO.6. Originalmente da Asano Atsuko e publicada pela Kodansha e posteriormente ilustrada pela Kino Hinoki. É uma obra para quem já está calejado. Se bem que, a nossa sociedade também é uma grande distopia, então com essa bad vibera na alma, vamos lá!
Sinopse
O ano é 2013 (Tudo bem, já é 2021 e o mundo ainda não acabou. Que pena). Nela, o menino Shion vive na cidade ideal: “NO.6”, uma cidade com um super sistema de gestão. Ele reside em um bairro chamado Chronos. Uma área residencial de alto padrão com todos os privilégios concedidos. Ainda mais, como ele tem as qualidades mais desejadas dentre as crianças, escolheram para ingressar em um curso especial.
Entretanto, no seu décimo segundo aniversário, Shion tem um encontro fatal com o fugitivo ferido chamado “Nezumi” (traduzindo ela para portuguesseria: Rato). Isso fez com que ele perdesse toda regalia, inclusive a residência. Fizeram aquele convite forçado para mudar-se ao bairro “Cidade Perdida”. Bairro residencial dos cidadãos de classe baixa. Assim ele se tornou um cidadão que deve trabalhar para poder estudar.
No entanto, Shion não se arrependeu do que fez. Após 4 anos, Shion é acusado como suspeito de uma série de incidentes estranhos que estavam acontecendo na cidade, mas o Nezumi salva ele. À medida que Shion escapa do NO.6 e conhece várias pessoas, ele descobre a realidade por trás da cidade ideal, a natureza oculta do “NO.6” e seus segredos.
É a clássica distopia?
Podemos dizer que é uma clássica história distópica sim. Entretanto, não é uma típica aventura, mas é de amizade e excitação. NO.6 é um trabalho que, embora tenha sua parte clássica, possui precisão na descrição, tendo surpresas, desgostos, medos e aquela excitação, semelhante a uma história de aventura.
Agora, o ponto principal do NO.6 é, a meticulosidade da descrição da “cidade”: Claro, não é tão detalhista como o J. R. R. Tolkien, ou até mesmo o Stephen King. Está longe. Beeeem LONGE. Por exemplo, nos dias de hoje, com o desenvolvimento da ciência, é possível descrever uma “sociedade ideal, avançada na civilização” sem muitas inconsistências e forçar a barra para os leitores compreenderem.
Esta precisão na descrição do NO.6, fez com que deixasse mais nítido as estranhezas de uma sociedade controlada, a mesquinhez de seus administradores e a desigualdade gritante da sociedade. Os retratos minuciosos mostram os sérios problemas desta cidade e as que são irreversíveis. É também por causa desta minuciosidade que o segredo da “cidade ideal” e a relação entre o Nezumi e Shion são trazidos à luz de uma boa maneira. O que torna tudo ainda mais excitante. Não é apenas uma história de amizade, há também uma leve toque de BL. Fica tranquilo, não é melequento. Ou seja, a boa dosagem de tensão, em todo sentido, foi agradável.
Discrepância da Utopia e a Distopia
Uma sociedade totalmente controlada pelo governo, um espaço que parece uma utopia mas que na verdade é infernal. Mundos assim são cenários muito comuns nas obras criativas. Por exemplo, a obra-prima “1984” de George Orwell é um marco histórico colossal.
Ainda mais, nos últimos anos, com o avanço da ciência e da tecnologia, tem sido cada vez mais difícil retratar histórias distópicas devido à realização de várias tecnologias criativas. Entretanto, no NO.6 a descrição convincente e com pouca piedade da realidade, uma cidade com aparência limpa à primeira vista, mas que é verdadeiramente horrível por dentro, a discrepância do ideal e a realidade, faz com que assimilamos com mais facilidade.
Se você não está satisfeito com histórias distópicas que são “uma sociedade controlada, mas na verdade há muita humanidade”, então esta talvez lhe interessa.
Querem o Manga? A Editora NewPOP fez este maravilhoso trabalho! Tem para ambos os gostos. Para quem curte a tem a light novel e também o manga.
Querem o Anime? Temos, no mar da internet.
Como sempre amarrei com muita força, mas conseguiram se divertir?
Bem, então, até a próxima!!