20th Century Boys: O livro da profecia
Olá, como estão? Hoje falarei de uma obra que muitos já conhecem pois foi forte a 2 décadas atrás. Entretanto, para a nova geração pode ser que seja uma novidade. Ela se chama 20th Century Boys e essa bela ao cunha vem da música do T.Rex.
Essa obra, publicada no Big Comic Spirits na época que estava mudando de século, tem como autor o Urasawa Naoki. Sim o mesmo do Monster, Pluto e várias outras.
Então, sem mais delongas, vamos para a sinopse?
Sinopse
Em 1997, o sonho do Kenji de se tornar um astro do rock já tinha sido destruído e assim ele trabalha na loja de conveniência de sua família, carregando a sua sobrinha, Kanna. Logo, ele começa a vivenciar estranhos acontecimentos ao seu redor.
Quando olha a sociedade, o líder de uma nova religião, “Tomodachi (“amigo” em japonês)”, estava manipulando os ataques terroristas e assassinatos que estão ocorrendo em todo o mundo. Os planos da seita para aniquilar o mundo estavam sendo executados de acordo com o “Livro da Profecia” que Kenji e seus amigos desenharam quando eram crianças.
20th Century Boys: O livro da profecia
Vamos lá, basicamente são 3 pontos notórios.
- História com muitos prenúncios e um enredo chocante
- Uma nostalgia tremenda
- Medo inexplicável
Tudo isso acontece com um ritmo legal, mas não é nada previsível.
História com muitos prenúncios e um enredo chocante
Bem, a sinopse hoje é um tanto quanto perturbadora e abrupta, mas provavelmente não tenha tido uma ideia do que se trata a história. Eu também não tinha. Não fazia muito sentido.
Agora, normalmente, um mangá de sucesso já é interessante no primeiro capítulo. Ao menos, quando você termina de ler o primeiro volume, já percebe “Então é assim que a banda toca”. No entanto, no caso de 20th Century Boys, mesmo depois de ler o primeiro volume, eu não tinha ideia do que se tratava a história. Mesmo assim, continuei pois é um trabalho de Urasawa Naoki, e na mesma época estava acompanhando o MONSTER. Assim, passei para o próximo volume, pensei: “Vou ler o segundo volume também”, e quando cheguei ao final do segundo volume quase caí da cadeira. Para ser sincero, ainda não consigo esquecer o choque que senti quando percebi do que se tratava esse mangá.
Esse mangá é um desfile de prenúncios e acontecimentos chocantes. Não seria exagero dizer que “20th Century Boys” é um “mangá de prenúncios”, com muitos momentos de arrepiar em cada canto da história.
Uma nostalgia tremenda
Agora, se eu tivesse que mencionar mais duas coisas sobre 20th Century Boys, uma delas seria a nostalgia da infância e a tristeza tremenda. A obra vai e vem entre os dias atuais em 1997 e o passado na década de 1970.
Digamos que naquela época, éramos cheios de sonhos para o futuro, entretanto, não tornamos os adultos como sonhávamos. Ou seja, sabe aquele pensamento: “Que diabos estou fazendo agora?”. É o que o protagonista Kenji sentiu e muitos de nós da gen Z sentimos. Acho que muitos leitores ficaram extremamente comovidos com esse pensamento do protagonista.
As pessoas da mesma geração do protagonista podem pensar: ‘Vocês não entenderão esse sentimento a menos que seja da nossa geração. O que tem de graça nas outras gerações que gostam de ler o 20th Century Boys?”.
Tenho certeza de que esse sentimento de nostalgia e tristeza pela inocência da infância, ultrapassa a barreira de geração.
Medo inexplicável
O último motivo é o “medo” que o 20th Century Boys traz. Essa obra não tem zumbis ou fantasmas. Não há assassinos que surgem do nada ou monstros que atacam os propagandas. No entanto, é assustador. É um medo não identificável que de alguma forma flui da obra e é extremamente assustadora.
Aliás, o arqui-inimigo dessa obra é o líder de uma seita e se chama: “Tomodachi”, mas esse “Tomodachi” é extremamente assustador. Afinal, que nome é esse? “Tomodachi”? Amigo de quem? Eu não entendo. Ou seja, não dá para saber quem ele(a) é. Não dá para saber o nome dele(a). Não dá para saber o rosto dele(a). Não dá para saber o que está pensando ou o que está tentando fazer. Assim, é tudo muito nebuloso. Além do mais, a união bizarra e o fanatismo de seus seguidores também são assustadores, e o comportamento bizarro também é muito tenebroso.
Acredito que o Naoki Urasawa se destaca brutalmente quando se trata de retratar o “medo ao desconhecido”.
Recomendo muito a leitura desse mangá. De preferência em uma noite escura, sozinho em seu quarto.
Resumindo o 20th Century Boys: O livro da profecia
Bem essa foi a breve visão sobre o 20th Century Boys: O livro da profecia. Uma obra que leva ao extremo a nostalgia e a tristeza da infância, e o medo do desconhecido, temperado com o sinistro, o prenúncio tenso e os desenvolvimentos chocantes, além da diversão que vem com tudo.
Concluindo, garanto a diversão no 20th Century Boys. No entanto, deixo para você decidir se lerá o 21st Century Boys ou não, para descobrir o mistério, ou deixar o mistério como está.
Então divirta-se bastante!
Ah, antes que esqueça, não tem anime, mas tem uma trilogia de live action.
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